quarta-feira, 22 de outubro de 2008











Confira as fotos do trabalho de Campo do Centro Educacional Castro Alves, na Cachoeira do Urubu com alunos da 8° série, 1° e 3° Série do Ensino Médio. Promovido pelo Professor de Geografia Alexandro Carvalho, juntamente com a Professora Kely e Professor Diogenes.
Foi maravilhoso esse trabalho de campo,pois principalmente em minhas aulas de Geografia, os alunosforam capazes de construir uma ponte entre a teoria ea prática.











terça-feira, 21 de outubro de 2008



Trabalho de Campo: prática andante de fazer Geografia
Ana Maria Radaelli da SilvaProfessora do curso de Geografia da Universidade de Passo Fundo (RS), mestre em Metodologia Aplicada às Geociências pelo IG/Unicamp

O Trabalho de Campo: forma de aproximação da teoria com a prática

Não há contexto teórico se este não estiver em união dialética com o contexto concreto.
Paulo Freire

No discurso, no exemplo e no legado intelectual do notável pedagogo brasileiro, teóricos identificados com uma abordagem social e crítica de educação, que propugnam por um trabalho pedagógico centrado no concreto, no real e no verdadeiro, têm buscado referências às suas defesas. Entre os teóricos críticos permeia uma argumentação dirigida aos formadores de professores, bem como aos próprios professores, de que o propósito da escolarização está associado a uma visão transformadora, o que fundamenta a possibilidade de transformação social. Reconhece-se isso em McLaren (1997) quando discorre sobre a construção social do conhecimento, ressalvando a relação contextual presente num campo referencial particular, como um dado lugar, cujos significados/subjetividades particulares só são percebidos se vividos porque "não estamos diante do mundo social, vivemos dentro dele" (p. 202). Com isso, supera-se uma visão contemplativa que esteve presente, de certa forma, em práticas mais tradicionais do ensino da Geografia e não apenas da Geografia. Da mesma forma, Giroux (1997), ao vincular à união de teoria e prática a possibilidade de práticas emancipadoras, o faz ressalvando que tal relação é indissociável da "experiência concreta de ouvir e aprender com os oprimidos", baseando-se na definição de Freire para a categoria de intelectual, pela qual "todos os seres humanos atuam como intelectuais ao constantemente interpretar e dar significado a seu mundo e ao participar de uma concepção de mundo particular" (p.154). A compreensão do real, do presente, como ato de descortinar seu conteúdo, sua gênese, resulta da mediação entre teoria e prática, não da rendição daquela a esta porque, sustentado num preceito freireano, o autor destaca que a "teoria não dita a prática" (p.155), preservando a possibilidade de se originarem formas próprias, particulares de produção e práticas teóricas, no sentido verdadeiro de práxis.Kincheloe (1997) resgata Paulo Freire quando discorre sobre pesquisa-ação e pensamento democrático, especialmente da concepção de investigação como uma poderosa ferramenta de ensino. Toma o exemplo do pedagogo brasileiro, de como engaja seus alunos como "companheiros" nas atividades de pesquisa, de como os coloca frente às percepções de si mesmos e do seu entorno, de como os encoraja a pensar "sobre os próprios pensamentos", de tal forma que, para o primeiro,
todos se juntam na investigação, aprendendo a criticar, a ver mais claramente, a pensar num nível mais elevado, a reconhecer a forma como suas consciências são socialmente construídas. Quando os professores colocam o método de Freire para funcionar nas suas próprias salas de aula, eles ensinam aos alunos as técnicas de pesquisa que aprenderam. Professores são ensinados nas habilidades de trabalho de campo tais como observar, entrevistar, fotografar, filmar, gravar, tomar nota e coletar histórias de vida. Tais atividades fornecem um contexto oportuno para os professores se engajarem com os alunos numa meta-análise epistemológica - o coração e a alma do movimento para a pós-formalidade. (p.181)
. Há um esforço coletivo para efetivá-la, o que se vem fazendo em atenção ao que está estabelecido na Proposta de Reformulação Curricular, neste caso, particularmente o objetivo específico que visa: "Proporcionar aos alunos o contato com a realidade através da investigação (trabalho de campo), privilegiando a escala local como ponto de partida e forma de atingir escalas mais distantes e abrangentes e elaborar projetos, com o respectivo desenvolvimento de estudos e pesquisas, com a finalidade de conscientizar e capacitar para a adoção de um posicionamento crítico e de uma postura ética frente à realidade na qual está inserido". A concretização desse objetivo, como uma primeira experiência, levou em conta a questão da interdisciplinaridade, promovendo a integração entre as disciplinas de conteúdo geográfico com as demais disciplinas que trazem aporte à compreensão da sociedade e da natureza, seus modelos de desenvolvimento, a sustentabilidade sócio-ambiental e as novas tecnologias de representação e interpretação geográfica que constam dos três primeiros semestres do curso. Dessa forma, o Estágio Curricular II instituiu-se como um momento integrador do curso além de um núcleo estratégico fundamental para garantir que se efetive uma nova forma de profissionalização desde o início do curso, concretizando o aspecto prático das disciplinas que são oferecidas nos respectivos semestres. Foi, portanto, num percurso de aproximadamente 1.700 km, no chão do Rio Grande do Sul, observando os aspectos mais significativos dos quatro principais compartimentos geomofológicos - Planalto Meridional, Depressão Periférica, Planície Costeira e Escudo Cristalino -, que se promoveu a relação do Estágio Curricular com o conteúdo teórico. Ao desenvolvimento de atividades teórico-práticas de campo, seguiram-se as de gabinete e laboratoriais, tendo em vista a elaboração de um relatório técnico cujo conteúdo, certamente, é revelador do conhecimento gerado no contato com o espaço geográfico e a realidade social. Retirado do Site http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/geografia/geo03b.htm

terça-feira, 14 de outubro de 2008

estudo da Geografia é bem antigo assim como também é o conceito que ela recebe de disciplina enfadonha e sem nexo. O trabalho de campo surge para acabar com esse pensamento, uma vez que ele comprova que todos aqueles conceitos cansativos e expostos de maneira enciclopédica a respeito da Geografia, na verdade esconde uma grande teia constituída de informações que se inter-relacionam, de maneira que uma depende diretamente da outra para existir.
O trabalho de campo utiliza a metodologia do empirismo para obter seus resultados, e é a partir da observação que se percebe a principal contribuição do trabalho de campo no estudo da Geografia: a consciência de que tudo é formado a partir da relação de interdependência entre os organismos.
Desta forma a Geografia deixa de ser vista como uma disciplina inútil, que se preocupa somente em descrever as formas do relevo, os nomes de rios e etc, e sim como uma forma de se entender as influências que o relevo de certa região tem sobre uma determinada sociedade ou a importância de determinado curso d’água para uma população. O trabalho de campo nos faz reviver ou refazer os passos dos geógrafos de séculos atrás, buscando novos fatores que desenvolvam novas ou questionem antigas opiniões. Portanto, o trabalho de campo, além de facilitar a visualização e assimilação de conceitos expostos de forma didática, nós remove a idéia de que o seu estudo é de suma importância para o entendimento de vários fatores sociais.
Danielly de Souza Almeida Retirado Brasil Escola Geografia em Geral